sábado, 30 de agosto de 2008
É com grande alegria que o grupo 1 da turma 102 conclui o trabalho interdisciplinar. Antes das buscas para realizá-lo, Marechal Osorio, para nós, era apenas o Patrono da Cavalaria. Após as leituras, entrevistas e pesquisas, ele passou a significar muito mais do que isso.
A figura de Osorio na historia nacional e o papel que ele representou parecem não ser muito estudados. Sua vida e sua personalidade são um manancial imenso ainda inexplorado. Notamos, na nossa pesquisa, que muitas pessoas o conhecem apenas por nome ou sabem que ele é o Patrono da Cavalaria, porém não sabem a grande importância dele, os seus feitos e sua vida. Marechal Osorio é desconhecido entre os jovens.
Algumas pessoas buscam informações sobre a vida desse herói. O grupo 1 teve a alegria e o prazer de entrevistar o Cel Estigarribia, autor de uma magnífica obra sobre Osorio. Por intermédio dele, podemos conhecer mais sobre o cavalariano que entrou para a história.
Mergulhamos com vontade nesse assunto tão pouco falado entre as pessoas fora do Exército.
Aprendemos com esse trabalho não apenas a sua vida e quem ele era, mas também a trabalhar em grupo e com a internet, e, principalmente, descobrimos como interpretar as façanhas de Osorio, que para nós se tornou um ídolo.
Após encerrarmos nosso trabalho, a nossa visão do Marechal Osorio não é mais apenas do Patrono da Cavalaria, mas sim de um amigo da Pátria, de um gaúcho inteligente, corajoso, que defendia seus ideais e que lutou a vida toda.
Osorio era poeta e é na poesia que encontramos o segredo de sua vida, a imensidade de sua força e de sua coragem.
Nada que vejo quero
“Mostrou-me a fortuna abertas”
As portas dos seus tesouros;
Mostrou-me palmas e louros;
Fez-me mil milhões de ofertas:
- “Fortuna, tu não acertas!
(Lhe respondo em tom severo)-
Os dons que do céu espero
Tu não me podes dar;
Nada do que vejo quero.”
Queremos agradecer aos nossos orientadores Cel Sant’Anna e Professora Suzana, bem como à ajuda inestimável dos colaboradores Cap Orlando, Ten Josué, Ten Marcia Londero,Ten Bassan, Maikon Lando, Cel Contiere, Cmt do CMPA, e Cel Estigarribia. Obrigada pela paciência, pela sinceridade, pela ajuda e atenção. Queremos agradecer e parabenizar à DEPA, autora do assunto escolhido para o Trabalho Interdisciplinar do primeiro ano do ensino médio.
O grupo 1 foi as ruas de Porto Alegre para realizar a seguinte enquete: Você sabe quem foi Marechal Osorio?
Fizemos a pergunta para 20 pessoas e distribuimos um folder sobre Osorio feito pelo próprio grupo. Vejam o video a seguir:
Confiram os resultados:
50% sabiam quem era Osorio
Outros 50% nunca tinham ouvido falar desse ilustre herói
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Nomenclatura: Pistola
Origem: Desconhecida
Ano: A partir de 1850
Calibre: 18 mm
Comprimento: 34,5 cm
Obs.: Pistola utilizada pela cavalaria.
Origem: Inglaterra
Ano: A partir de 1822
Calibre: 18 mm
Comprimento: 39,5 cm
Obs.: Oxidado.
Origem: Inglaterra
Ano: A partir de 1822
Calibre: 18 mm
Comprimento: 37,5 cm
Obs.: Utilizada pela cavalaria, fabricada no Brasil a partir de 1822 sob licença.
Origem: U.S.A.
Ano: 1868
Calibre: 11 mm (.44 Evans)
Comprimento: 98 cm
Obs.: Na época, era a arma com maior depósito de cartuchos (26) nos Estados Unidos.
Origem: Alemanha
Ano: mod. 1888
Calibre: 7,9 mm Mauser
Comprimento: 94 cm
Obs.: É uma modificação do fuzil Mauser mod. 1871 com o carregador modificado do fuzil Mannlicher.
Postado por Douglas Munhoz
Fonte: Pesquisa no Parque Osorio realizada no dia 23/08
Origem: Portugal
Ano: Período Colonial
Comprimento: 38 cm
Obs.: Usado pelo Vereador ou Cap. Mor.
Origem: Portugal
Ano: 1831
Comprimento: 92 cm
Obs.: É o modelo regulamentar de uso mais longo na história do Brasil.
Origem: Alemanha
Comprimento: 94 cm
Obs.: Sabre usado pela cavalaria.
Origem: Portugal
Ano: Período Colonial
Comprimento: 35 cm
Obs.: Usado pelo Vereador ou Cap. Mor.
O grupo 1 da turma 102, ao ler um livro que contava a vida de Marechal Osorio, resolveu procurar quem era o escritor. Descobrimos que ele é um pintor que mora aqui em Porto Alegre, mas está sempre viajando. Entramos em contanto e conseguimos realizar uma entrevista com o chamado Coronel Estigarribia.
1 – Primeiramente, gostaríamos de saber se o senhor é um cavalariano.
Sim, fui para Academia Militar das Agulhas Negras e saí aspirante em 1956. Em minha carreira militar realizei vários cursos de graduação, como Forças Especiais. Na realidade fiz tudo que é curso.
2- Alguma vez na vida, já pintou Osorio ou alguma obra que ele estivesse envolvido, como as guerras que ele participou?
Ahhh sim, sim! Eu sou pintor há 14 anos. Já pintei mais de 200 quadros que estão espalhos pelo mundo - nos Estados Unidos, na Itália. De Osorio já pintei mais ou menos 7 obras.
3- O que o levou a pintá-lo?
Na verdade, eu fui convocado pelo Exército Brasileiro a prestar serviços quando fui para a reserva. Virei PTTC e agora escrevo livros históricos e pinto obras de guerras, do exército, históricas também.
4- Onde se encontram algumas dessas obras?
Além de várias obras estarem espalhadas pelo mundo, algumas pinturas que retratam esse gaúcho estão no Regimento Osorio e no Parque Osorio. Tem uma que está em Quaraí, outra no cassino dos oficiais, mais uma no Regimento que tem comprimento de 12 metros e 80 centímetros, enfim, elas estão em vários lugares.
5-O que despertou no senhor o interesse de escrever um livro sobre Manuel Luis Osório?
Eu não pedi para escrever, me perguntaram se eu faria um livro para o Bicentenário de Osorio. No início, eu não queria porque hoje existem muitos escritores competentes, famosos, mas acabei fazendo. Esse livro não é vendido, apenas distribuído. E o financiamento da obra por grandes empresas ajudou bastante o desenvolvimento do livro. Anteriormente não tinha interesse em escrever, apenas era uma missão.
6-Como o senhor ficou conhecendo tanto da vida desse herói?
Ahh, eu tive que pesquisar bastante. No ínicio não tinha interesse, depois conheci a vida dele e acabei me interessando. Cheguei a ir ao Paraguai, assisti palestras, li todos os livros que tratasse do assunto – o melhor deles foi o que o filho de Osorio escreveu e outro que os seus netos fizeram. Busquei o máximo de informação possível para conhecer mais a história. Todos as outras obras que se relacionam a Osorio, foram criadas a partir do livro do filho e netos de Osorio. Meu livro ficou um pouco diferente porque fui ao Paraguai e lá tive o apoio por parte de um historiador que mostrou os lugares onde o Marechal viveu e passou, inclusive grande parte das imagens que tem no livro foram fotografias que eu mesmo tirei ou obras minhas. Também procurei colocar todos os mapas das guerras, pois geralmente os livros contam a história das guerras, mas nunca mostram o local.
7- Na sua opinião, Osorio foi a pessoa certa para ser escolhido como patrono da arma de cavalaria? Por quê?
Osorio foi um homem com tanta projeção, que até a década de 30 era aclamado como o maior no exército, até mesmo mais do que Caxias. Mas Caxias tinha uma visão melhor do Brasil, conhecia todos os cantos do país, então decidiram que em termos de nação ele seria melhor do que Osorio. A diferença entre eles dois também é que Osorio veio de baixo e Caxias sempre foi reconhecido. E depois que Manoel entrou no exército, como o país estava no meio de muitas guerras com Osorio sempre presente, ele não podia mais entrar na Escola Militar do Exército, diferentemente de Duque de Caxias, que fez parte dessa instituição. Osorio subiu na carreira porque tinha coragem e lutou a vida inteira. Era um gaúcho típico, um homem de “boa estampa” (linguagem da época). Chegou a ser cogitado em ele ser o patrono do Exército, mas quem foi o escolhido foi Duque de Caxias e ele para patrono da cavalaria.
8- Em sua opinião, o reconhecimento feito hoje a Manuel Luis Osório faz jus a sua história de vida? Por quê?
Partidos do nosso próprio país ou de países vizinhos tentam apagar os nossos heróis. As pessoas possuem uma idéia pelo aquilo que todos falam, sem possuir o devido conhecimento. Eu acredito que as pessoas não têm que visualizar a vida dos heróis de forma generalizada e tento pintar como realmente eles eram.
Aos quatro dias de outubro de 1879, extinguia-se a vida desse grande brasileiro. A sua morte provocou intensa comoção popular. Ao fechar os olhos, Osorio iniciava sua derradeira cavalgada para a eternidade. Ingressava no panteão da Pátria, o coração de gerações sucessivas de bons brasileiros que cultuam os grandes vultos da nacionalidade.
Osorio morreu de pneumonia aguda aos 71 anos.
Mas o que é pneumonia?
A pneumonia é uma infecção ou inflamação nos pulmões. Ela pode ser causada por vários microorganismos diferentes, incluindo vírus, bactérias, parasitas e fungos. A metade de todos os casos de pneumonia é causada por bactérias e, destas, o pneumococo é o mais freqüente.
Normalmente, a doença se desenvolve quando, por algum motivo, há uma falha nos mecanismos de defesa do organismo.
A pneumonia pode desenvolver-se por três mecanismos diferentes. A forma mais incomum de contrair a doença é através da circulação sangüínea. Uma infecção por um microorganismo em outro local do corpo se alastra e, através do sangue que circula, chega aos pulmões, onde causa a infecção. Como Osorio já tinha uma inflamação crônica nas pernas, há grande possibilidade dessa ser a causa da doença que o levou a morte.
Canto fúnebre de Otávio Hudson ao nosso querido general:
Ao Herói da Pátria
À memória do General Osorio
Armas em funeral, povo, curvai-vos
Ante o busto do herói,
Foi o maior guerreiro americano
O coração leal mais soberano
Que o tempo não corrói.
Exemplo de bravura nunca vista.
Guerreiro sem igual,
Nos campos de batalha a mais horrente
Foi a alma da luta, alma poente
Que não tinha rival.
Passava laureado pelas balas
De inimigas fileiras;
Mas ao passar bradava radiante:
Nunca minha alma viu-se vacilante
Com armas brasileiras.
E tombou no sepulcro. A sua fronte,
Fonte de tanta luz,
Onde havia constante o pensamento
De ser até ao fúnebre momento
Fiel a sua cruz!
Ninguém, como ele, estremeceu ardente
A brasílica Nação;
E tantos louros conquistou à espada
Que servidão de exemplo e nomeada
Á nova geração.
Fontes:
Osorio, síntese de seu perfil histórico. Biblioteca do Exército Editora. Autor: J.B.Magalhães.
Pneumonia - ABC da saúde.
Revista- Clube Militar- A casa da República- Abril 2008.
Postado por Rafaela Ramalho
Além de passar fome, se sujar, enfrentar dificuldades e agüentar a saudade da família, nossos soldados e o querido Marechal Osorio ainda tinham que se cuidar dos piolhos.
Esse bichinho estava por todo lugar, nas mantas, nos pelegos, nos arreios e nas fardas; já faziam parte da tropa. Mas esse companheiro indesejado, além de causar muita coceira transmitia sérias doenças.
Uma das doenças transmitidas pelo piolho era a Tifo. É uma doença epidêmica causada pela bactéria Ricketisia Prowazekii. Essa bactéria é um pequeno bacilo cocóde, parasita intracelular que é incapaz de se reproduzir fora das suas células hóspedes.
As bactérias se reproduzem no interior das células endoteliais que revestem os vasos sangüíneos, liberando a descendência para o sangue de forma contínua com inflamação dos vasos (eritemas). Surge então a febre alta seguido do eritema em manchas. Antes de se descobrir que a higiene e a limpeza das roupas reduziam as mortes por tifo, a higiene não era grande preocupação para os oficiais.
A bactéria causadora do tifo infecta os piolhos e permanece viva por muitos dias nas fezes e no cadáver do parasita. Ou seja, mesmo que eles matassem o piolho ele continuaria a transmitir a doença.
Apesar de todas as dificuldades encontradas na sua vida de bravura, Osorio nunca deixou de defender a sua pátria e seus ideais. Mesmo cansado, ferido e doente, estava sempre ao lado de seus soldados.
Fonte: Wikipédia.
Postado por Rafaela Ramalho
Na invasão pelo passo da Pátria, Osorio passou nove horas a cavalo sob chuva inclemente. Quando, à noite, quis descalçar as botas, não conseguiu. Suas pernas inchadas obrigaram seu bagageiro a cortar o couro molhado que lhe apertava os membros.
Sobreveio-lhe uma inflamação crônica das pernas que lhe impediu daí em diante, de calçar botas. Eis porque Bernardelli representou-o de calças na bela escultura eqüestre que enfeita a Praça Quinze de Novembro.
A inflamação pode ser um edema, um inchasso ou um tumor. O processo de inflamação é quando nosso organismo combate microorganismos estranhos ao nosso corpo (bactérias, fungos ou protozoários).
A inflamação crônica nas pernas de Osorio pode ter sido causada pelas botas de cavalaria as quais passava a maior parte do tempo. As botas, por serem de couro e com o cano longo, ao molhar, o local ferido ( feridas) ficava úmido, isso possibilitava a reprodução dos microorganismos.
As horas que passava em cima do seu cavalo agravavam a sua situação, pois ficava muito tempo com as pernas paradas, o que dificultava a circulação do sangue provocando o inchaço.
Quando um microorganismo estranho entra em contato com o nosso corpo, seja por meio de ferimentos ou doenças transmitidas, nosso mecanismo de defesa corpo em ação. Os responsáveis pela defesa do organismo contra as infecções e inflamações são os glóbulos brancos.
Alguns glóbulos brancos conseguem fagocitar os microorganismos. Uma vez fagocitado, o invasor é destruído em seu interior. Os nossos ferimentos inflamam porque os glóbulos brancos envolvem o microorganismo não deixando que ele se reproduza. A formação do pus nada mais é do que glóbulos brancos que morreram tentando matar o invasor.
Fonte:
Ciências Entendendo a Natureza, AUTORES: César- Sezar- Bedaque.
Revista do Clube Militar - A casa da Republica, Abril de 2008.
Bio, AUTORA: Sônia Lopes. Volume único.
Postado por Rafaela Ramalho
Enquanto isso, no Mato Grosso, uma expedição de aproximadamente 2.500 homens, organizada em São Paulo, Minas Gerais e Goiás, foi enviada para combater os invasores. A coluna percorreu mais de dois mil quilômetros e, com grande número de baixas, causadas por enchentes e doenças, atingiu Coxim em dezembro de 1865, quando a região já havia sido abandonada. O mesmo aconteceu em Miranda, aonde chegaram em setembro de 1866. Essa mesma expedição decidiu em seguida invadir o território paraguaio, onde atingiu Laguna. Perseguida pelos inimigos, a coluna foi obrigada a recuar, ação que ficou conhecida como a retirada da Laguna.
Brasil X Uruguai – 1851 – contra OribeBrasil X Argentina – 1852 – contra RosasBrasil X Uruguai – 1864 – contra AguirreCAUSAS:* Interesses comerciais na região do Prata.* Questões de fronteira entre Brasil e Uruguai.
Brasil + ou – 5 milhões de habitantes – 38 mil soldadosParaguai + ou – 800 mil habitantes – 60 mil soldadosPretensão de Solano Lopez de formar o Paraguai o maior anexado as regiões de Mato Grosso, as províncias de Corrientes e Entre Rios da Argentina, parte do Rio Grande do Sul e Uruguai, assim, teria uma saída para o mar.
Argentina – General Mietre
1- Novembro de 1864 – aprisionamento do navio Marquês de Olinda.
2- Dezembro de 1864 – invasão do Paraguai ao Mato Grosso.
CONSEQUENCIAS DA GUERRA:
Paraguai - * Totalmente arrasado, 80 % da população masculina morreram na guerra, sobrando velhos, mulheres e crianças. * Destruição de suas indústrias e comércio, o povo passou a viver da lavoura de subsistência. * Perdeu parte de seu território para a Argentina e uma grande dívida de guerra com o Brasil.
Postado por Ana Julia
Uma trajetória incrível de Manoel Luis Osorio na sua carreira militar.
Praticamente uma obrigação para qualquer pessoa que goste de histórias sobre guerras, batalhas com grandes nomes envolvidos, saber quem foi Osorio. Não simplesmente saber quem foi, mas conhecer o grande homem que aquele simples peão se tornou. Figura real de que os sonhos podem se realizar, sem importar o quanto distante está este desejo.
Sua história começa aos 14 anos, quando entra no Exército, já na guerra da independência do Brasil em 1822. Depois de uma grande entrada, continuou em importantes batalhas. Seguiu com a guerra da Cisplatina e em seguida foi promovido a tenente, na guerra do Passo do Rosário. Lutou durante toda a guerra dos Farrapos, que perdurou por mais ou menos 10 anos. Quando chegou no Exército Imperial, lutou na guerra contra Oribe e Rosas, a conhecida Guerra do Paraguai.
Por volta de 1860, já era visto como militar respeitado e experiente que, por isso, recebeu o comando do 1º corpo do Exército Imperial na guerra da Tríplice Aliança, em 1864. Sua última batalha, na qual sua presença foi muito importante, foi a Batalha de Tuiuti. Depois dessa, teve que se afastar dos campos de batalha por seu estado de saúde ter agravado, regressando aos campos de batalha apenas em 1867, já como comandante do 3º corpo do Exército. Com o fim dos conflitos após a guerra de Humaitá, ainda participou de mais duas batalhas, a de Itororó e Avaí, porém teve um grave ferimento, e teve que sair novamente dos campos de batalha, o impossibilitando de participar na queda de Assunção, em 1869, o que seria sua última passada nos campos de guerra. No dia 26 de setembro de 1879 contrai pneumonia. Era 4 de outubro de 1879, seis e dez da tarde, quando Manoel Luis Osorio falece aos 71 anos.
Ao decorrer de sua vida, se casou com Francisca Fagundes, com quem teve 4 filhos, foi agraciado comos títulos de barão do Herval em 1 de maio de 1866, visconde do Herval 11 de abril de 1868 e de marquês do Herval 29 de dezembro de 1869. Foi nomeado senador pela província do Rio Grande do Sul e ministro da Guerra. Em 1877, tornou-se marechal-de-exército.
Contudo podemos ver até hoje homenagens que deixaram para Osorio. Sua passagem no Exército foi tão importante paro o Brasil que na cidade do Rio de Janeiro há uma escola federal, Fundação Osorio, a criação de um parque em torno da casa onde nasceu, Parque histórico Marechal Manoel Luis Osorio, um monumento equestre esguido no centro de Porto Alegre, além de seu nome está escrito no livro de aço em Brasília.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Lu%C3%ADs_Os%C3%B3rio
Postado por Hanna
domingo, 3 de agosto de 2008
Postado por Rafaela Ramalho
Entre as sombras do futuro
Já sinto a dor de perder-te
GLOSA
É por entre o fado escuro
Que a minha paixão se lança...
E vou perdendo a esperança
Entre as sombras do futuro.
Constância, ó Lília, eu te juro:
Mas fora melhor não ver-te,
Quisera não conhecer-te,
Por ti não sentir paixão,
Porque no meu coração
Já sinto a dor de perder-te!
QUADRINHAS
Só vivo quando te vejo,
Dia e noite penso em ti,
Se nasceste para amar-me,
Eu para te amar nasci.
Ausentes dos teus encantos,
Sem teus lindos olhos ver
Tudo me causa desgosto
Nada me causa prazer.
O tempo curar não pode
A chagas que amor abriu;
Separar só pode a morte
Corações que amor uniu.
Pavorosas, negras sombras
Escondem o meu penar;
Em silenciosa dor me oprime,
Meu alívio é suspirar.
Os prazeres mais puros da vida,
Que gozamos com ânsia e fervor,
Degeneram no mal que mais tarde
Nos arroja no abismo da dor.
MOTE
Acordei... Raiava a aurora
Dei mil suspiros por ti.
Despedidas do jovem Tenente Osorio de sua amada Ana, ao ser designado para um destacamento na fronteira na região da campanha:
Contra a vontade te deixo
Porque o fado quer assim,
Vou suportar no desterro
Delírio ardente sem fim!
O lamento ao ficar sabendo dos preparativos para as núpcias de sua amada Ana:
Que vale o meu amor ser delirante
Entre a chama fatal que me devora
Não me conto ditoso uma só hora
O prêmio não te dão de ser constante.
Ao chegar tarde demais para fugir com sua amada. Quando chegou a Rio Pardo ficou sabendo que o casamento já havia sido consumado e registra a sua mágoa:
Já soa o clarim de marte!
Vou deixar-te, minha amada!
Suspirando corro às armas.
Adeus, mulher adorada.
Baixando à campa,
Frio jazigo,
A tua imagem
Irá comigo.
Deixou muitas outras provas de sua veia poética:
Meu destino é imutável
Minha desgraça é constante,
Eu choro todos os dias,
Eu suspiro cada instante.
Acerba dor atormenta
Meu coração delirante,
Já pelo termo da vida
Eu suspiro a cada instante.
Esses risonhos prazeres
De outr’ora feliz amante
De todo me abandonaram
Eu suspiro a cada instante.
quinta-feira, 31 de julho de 2008
Literatura de um Cavalariano
Na época de Osorio, a literatura estava em um período de desenvolvimento e, com isso, houve movimentos culturais da literatura que trouxeram a implantação de "grupos literários" como: o existencialismo, o neo-realismo ou realismo social, barroco, neoclassismo ou arcadismo, romantismo, realismo, parnasianismo, simbolismo, pré-modernismo, modernismo, prosa e poesia.
Marechal Osorio escreveu algumas poesias, porém, antes disso, escreveu pequenos versos dedicando-os para suas amadas. A primeira delas foi Ana, uma donzela de Rio Pardo, que a conheceu quando teve de ficar sediado lá, no 5º Regime de Cavalaria. Osorio, rapaz de novo, começou a fazer versos para Ana e um exemplo desses é:
Só vivo quando te vejo
Dia e noite penso em ti,
Se nasceste para amar-me,
Eu para te amar nasci.
Mas esse amor não durou muito e, logo, por razões nada comuns ele foi transferido. Apesar da distância continuava a mandar seus versos para sua amada Ana, mas nunca era respondido. Então, certa vez, mandou um último que dizia:
Ingrata que me deixaste,
Na tua cruel mudança,
Recordações do passado,
Uma perdida esperança.
Em Bagé esqueceu-se do incidente com Ana e enamorou-se de Francisca: morena, pequena, graciosa, filha do juiz de paz Zeferino Fagundes de Oliveira. Foi com ela que Manoel Luís Osorio se casou no dia 15 de novembro de 1835. Logo em seguida, teve que partir; foi chamado para participar da luta ao lado das forças legalistas. Antes, escreveu uma poesia, em que chamava: "Adeus, mulher adorada", e seguiu para o combate. Existem outros registros literários que Osório deixou. Esses eram as cartas que ele mandava, como a que mandou para Davi Canabarro com o titulo de "Fomos todos surpreendidos pelo Paraguai".
Postado por Rios
Fonte:
sexta-feira, 25 de julho de 2008
A guerra em numeros
A Batalha do Riachuelo:
No dia 1ª de maio de 1865 é assinado o tratado da tríplice aliança onde Brasil, Argentina e Uruguai se uniriam para por fim a invasão do Paraguai e juntos assumirem uma divida de cerca de 30 milhões de Libras aos bancos Ingleses que financiaram a guerra. Logo depois do inicio da aliança, há exatamente um mês e 10 dias a esquadra brasileira que se localizava no encontro dos rios Paraguai e Paraná, formada por um fragata, quatro corvetas, quatro canhoneiras, com 2287 homens e 59 canhões avistou ao horizonte em formação de batalha, duas corvetas, sete vapores, seis chatas paraguaias com 2800 homens e 44 canhões que se aproximaram a 12 milhas por hora (a favor da correnteza), dando inicio a maior batalha naval do continente americano, que durou cerca de longas 10 horas resultando na aniquilação da fraca frota Paraguaia e mudando os rumos da guerra.
A Batalha do Tuiuti:
O primeiro movimento da maior batalha e mais sangrenta do continente, aconteceu pouco depois do meio dia de 24 de maio de 1866, onde de um lado 24 mil soldados Paraguaios que marchavam em uma formação de quatro colunas, três na frente somando no total 18 mil homens e atrás junto com Solano Lopez cerca de seis mil homens. Enquanto no lado Aliado 21 mil Brasileiros, 10 mil Argentinos e 1,2 mil Uruguaios organizados em duas colunas principais formando as unidades Brasileiras comandada por Marechal Osório (aproximadamente 16 mil soldados) e a unidade Argentina (aproximadamente 15 mil soldados) formados por brasileiros e argentinos comandados por Bartolomé Mitre, além de dois pequenos batalhões de ajuda composto pelo 1ª e 2ª batalhões de voluntários Uruguaios e o 41ª batalhão de voluntários Brasileiros que somavam dois mil soldados, mal posicionados a esquerda da formação, o que resultou na morte de metade desse batalhão. Ao longo de duas horas Aliados e Paraguaios se combateram de forma brutal, Osório comandou ferozmente sua unidade, sendo a primeira a quebrar a formação Paraguaia, porém, não contava com um ataque pela retaguarda que o fez perder tempo, como relata parte de texto escrito pelo próprio Osório após a batalha: “ Novas colunas de cor avermelhada e armas cintilantes surgiam umas após as outras; eram guerreiros acobreados, espadaúdos, montados em pequenos cavalos, com os estribos de rodela entre dois dedos dos pés e chiripas de lã vermelhas; com boleadeiras nos tentos, empunhando lanças enormes, ou brandindo espadas curvas e afiadas, avançando a galope, em alarido infernal, sobre os nossos batalhões, já meios desorientados, pelas cargas repetidas que davam, pelas linhas de atiradores que saíam, pelas fileiras, pelas fileiras que rareavam, pelos oficiais que morriam, pelos chefes que tombavam (na passagem anterior ele faz relato a sua própria pessoa), parecia uma tempestade. (...) Cornetas tocavam á carga; lanças se enristavam; a artilharia rugia; cruzavam-se as baionetas; rasgavam-se os corpos sadios dos heróis; espadas brandidas abriam crânios, cortavam braços e decepavam cabeças”. Sucumbiram pelos dois lados durante mais 30 minutos até conseguir orientar seus soldados e partir para a ofensiva, mas, Solano Lopez percebendo que sua estratégia tinha falhado ordena a retirada de dois de seus três batalhões que restavam, deixando apenas o batalhão que já tinha aberto a formação Argentina ao qual Osório se viu obrigado a recuar e ajudar. Às quatro e meia da tarde o exercito Paraguaio deixava para trás seis mil mortos e sete mil feridos enquanto os aliados totalizaram três mil mortos e quatro mil feridos, era o fim da guerra que se aproximava.
A Batalha do Curupati:
Buscando uma vitória rápida, Bartolomé ordenou um ataque direto onde a frota Brasileira bombardearia por duas horas a fortaleza de Curupati, porém, o mau preparo das forças Brasileiras acabaram resultando na falha do bombardeiro que errou seu alvo cerca de 20 km. Bartolomé sem saber do desastre do bombardeio ordenou que 10 mil Brasileiros e Argentinos atacassem diretamente, resultando na morte de quatro mil soldados dos Aliados e dois mil feridos enquanto os Paraguaios tiveram perdas insignificantes.
A Dezembrada:
A Dezembrada constitui uma serie de vitórias após Duque de Caxias assumir o controle dos exércitos da Tríplice Aliança que tiveram as batalhas realizadas no mês de dezembro de 1868 onde os aliados venceram as batalhas do Avai (com participação de Osório), tomaram lomas valentinas, Augustura onde o saldo de mortos para os paraguaios chegaram a 20 mil em apenas um mês enquanto no lado dos aliados apenas 11 mil baixas. Ao final de dezembro e do ano de 1868, as tropas Aliadas entraram em assunção e iniciaram uma busca pessoal à Solano Lopez que fugiu de sua capital e se escondeu em Cerro Cora na divisa com o Brasil, onde foi morto junto com seus 300 últimos soldados do poderoso exercito Paraguaio.
Conseqüências:
O que ocorreu no Paraguai se compara a um genocídio já que ¾ de sua população foi exterminada restando apenas mulheres e velhos que são considerados improdutivos, e formaram uma despreparada força de trabalho de 15 mil velhos, mulheres e crianças entre 5 e 10 anos já que no fim da guerra Solano recrutou secretamente milhares de crianças acima de dez anos inclusive seu filho que na época tinha 15 anos e que morreu junto com o pai com o posto de coronel. O Paraguai estava destruído, sem 140 km quadrados de seu território e com sua população reduzida a 100 mil. Já o Brasil que perdeu 150 mil soldados e contraiu uma enorme divida com os bancos ingleses que chegou a 45 milhões de libras, a argentina perdeu 35 mil soldados e contraiu uma divida de 18 milhões de libras e o Uruguai perdeu 7 mil soldados e contraiu divida de 2 milhões de libras.
A Guerra em números:
Soldados envolvidos:
Argentina: 60 mil
Uruguai: 10 mil
( fonte: Biblioteca da academia brasileira de letra)
Porcentagem da população morta, numero total da população e numero de soldados mortos:
sexta-feira, 4 de julho de 2008
O Lendário Cavalariano
Soldado ainda menino, Osorio era um estrategista cujas façanhas impressionavam até os inimigos. Um general intrépido que combatia no front das batalhas. Foi Patrono da Cavalaria brasileira, além disso, um herói gaúcho! Um mês antes de morrer, ele recebeu nossos repórteres do Blog Marechal Osorio para uma áspera e breve conversa.
Por BLOG MARECHAL OSORIO
Filho de militar , Manoel Luis Osorio escolhe seguir a carreira de seu pai, combatendo pela primeira vez ao lado dele quando possuía apenas 15 anos de idade, mas sem deixar de pensar em sua amada mãe Ana Joaquina. Muito mais que soldado, Osorio era a Lança do Império, o guardião das fronteiras do Brasil , o centauro, o lendário, um gaúcho e brasileiro amante de sua pátria. Participou de guerras e batalhas comandando e lutando na Cavalaria brasileira que foram de imprescindível importância para o Brasil.
Osorio foi promovido várias vezes até chegar de soldado a Marechal de Exército Graduado e, dois anos antes de morrer, o cavalariano foi escolhido para Senador do Império. Nesta entrevista, nosso herói, já enfermo, respondeu todas as perguntas emocionado-se por relembrar suas celebre atuações como cidadão brasileiro.
BLOG MARECHAL OSORIO – O senhor é filho de militar. Mesmo com o perigo desta escolha que seu pai fez, você optou ir pelo mesmo caminho. Quando e onde o senhor começou a carreira militar?
OSORIO – Meu pai, Manuel Luís Osorio da Silva Borges, era um destacado e condecorado militar que lutou pelo Estado Oriental em várias guerras. Eu já demonstrava muito interesse sobras as campanhas militares de meu pai desde menino. E então, no dia 01 de maio de 1823, com 15 anos incompletos, assentei praça na Cavalaria da Legião de São Paulo e acompanhei o Regimento de meu pai na luta contra as tropas portuguesas do Brigadeiro Dom Álvaro da Costa, estacionadas na Cisplatina, que não aceitavam a independência do Brasil. Tive meu batismo de fogo à margem do arroio Miguelete, em 13 de maio, nas proximidades de Montevidéu, em um combate contra a cavalaria portuguesa.
Todos sabem da participação do senhor na Guerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilha que foi uma revolução regional de caráter republicano contra o governo imperial do Brasil, a então província de São Pedro do Rio Grande do Sul. Este foi o conflito armado mais duradouro que ocorreu no continente americano. Como foi participar na Guerra dos Farrapos?
Participar desta guerra foi muito importante para a minha vida. Era Tenente Osorio, naquela época, estava servindo na Vila de Bagé, quando me casei com a Sra. Francisca Fagundes. Foi no período de 1835 a 1845, que tive participação ativa na revolução Farroupilha, sempre fiel à integridade do Império e à segurança do trono do infante monarca. Fui de Tenente a Tenente-Coronel no transcurso dessa guerra, auxiliando Caxias na feitura da paz ansiada, que se selou no dia festivo de 25 de fevereiro de 1845.
Sabemos que o senhor casou-se com Francisca, mas seu coração pertenceu realmente a Ana. O que conta sobre isso ?
Francisca era uma boa mulher, filha do juiz de paz Zeferino Fagundes de Oliveira e Vivência Constança de Sousa. Gostava dela, mas não foi o grande amor da minha vida. Quando estava em Rio Pardo e ainda era Tenente, conheci Ana e me apaixonei. Os pais dela, considerando que eu como Tenente não ganhava o suficiente para constituir uma família, obtiveram do Comandante das Armas minha designação para a fronteira. Mesmo longe, correspondia com a minha amada. Mas assim que os pais dela souberam dessa correspondência, trataram de arranjar o casamento de Ana com um homem rico. Um dia, veio de um portador de confiança, o pedido de Ana que eu a buscasse, mas o portador se atrasou um mês e, nesse meio tempo, correu a noticia de que Osorio havia morrido. Então, vou para Rio Pardo, mas chego tarde demais e Ana já havia se casado. Ela viveu pouco e quando preparavam os atos fúnebres, descobriram, de modo indelével, no lado do seu coração, o meu nome: Osorio.
Como recebeu o título de Marquês do Herval?
Bom, no início de 1855, após breve instalação na guarnição de Jaguarão, eu fui nomeado para comandar a fronteira de São Borja. Promovido a Brigadeiro-graduado no ano de 1856, logo depois fui incumbido de organizar uma expedição para descobrir riscos ervais, entre os rios Pindaí e Sebolati, no Alto-Uruguai. Bem sucedido na missão, recebi mais tarde o título nobiliárquico: Marquês do Herval.
Sabemos que a Batalha de Tuiuti foi o maior combate travado na América do Sul, onde Osorio registrou na Ordem do Dia n°56: “A glória é a mais preciosa recompensa dos bravos.”. Conte-nos a sua experiência nesta batalha.
Bom, vou resumir um pouco sobre meu movimento na Guerra do Paraguai. A Batalha de Tuiuti representou o ápice de minha trajetória, nele fui me firmando pelos meus conhecimentos táticos e bravura, demonstrando ser um verdadeiro comandante de batalha descrito por outros. Em 15 de julho de 1866, ainda em Tuiuti, os aliados aguardavam a chegada das forças do General Porto Alegre. Enquanto isso, o inimigo fustigava diariamente. Fiquei muito aborrecido e insatisfeito com o longo período da tropa estacionada, então passei o comando das tropas brasileiras ao Gen Polidoro da Fonseca.
Todos sabem que Osorio é um homem valente reconhecido por sua bravura, porém mortal como qualquer outro ser humano, podendo ser ferido. Recorda-se de quando e onde foi ferido pela primeira vez?
Lembro como se fosse hoje. No dia 11 de dezembro de 1867, na Batalha do Avaí , sou ferido na face, por um inimigo em tocaia, fraturando o maxilar, ao tomar toda a posição de artilharia inimiga. Na ocasião, disse: “Coragem, camaradas! Acabem com o resto!”. (foto)
O Imperador D. Pedro II consagrou-te várias vezes. Cite algumas experiências com o Imperador.
As que mais me recordo foi ao ser promovido como Brigadeiro, em 1856, que fui presenteado por dom Pedro II, recebendo uma Pistola Tower. Mas não foram apenas os momentos com dom Pedro II que foram marcantes. Em 1871, em reconhecimentos aos feitos na guerra, recebi do coronel Deodoro da Fonseca o Sabre de Honra. Verdadeira jóia, a arma cinzelada em ouro e ornada de brilhantes diamantinos. Na lâmina, estão gravadas cenas de combate. A dedicatória: “Do Exército ao bravo Osorio”.
Após um mês da entrevista, Marechal Osorio falece. Perdia o Brasil, naquele momento, um soldado de trajetória cívico-militar exemplar. Extinguia-se uma das mais valiosas existências, símbolo de um povo, síntese de uma época.
Fontes:
- General Osorio 200 anos (Uma Tragetória Exemplar de Soldado)
- Jornal Zero Hora ; sábado, 10 de maio de 2008
Até o fim do século XIX, nos vários exércitos, existiam várias especialidades dentro da cavalaria, conforme a função, o tipo de equipamento e o tipo de cavalo utilizado, são elas: caçadores a cavalo, hussardos, ginetes, guias, dragões, carabineiros, lanceiros, couraceiros.
No final do mesmo século, as unidades de cavalaria transformaram-se praticamente todas em caçadores a cavalo, mas em alguns exércitos mantiveram a denominação das antigas especialidades, como título de honra. No período entre a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais, as unidades de cavalaria começaram a substituir o uso de cavalos por veículos blindados.
Os cavaleiros, nos exércitos da Antiguidade e da Idade Média, eram protetores do domínio senhorial, treinavam muito e tinham vários privilégios. A Cavalaria na Idade Média era constituída pelos cavaleiros nobres, homens que os senhores das terras eram obrigados a apresentar lanças; e os escudeiros, cavaleiros das ordens religiosas e dos conselhos, também conhecidos por "cavaleiros-vilãos".
Na atualidade, a Cavalaria é a arma do Exército que é empregada à frente dos demais integrantes da "força terrestre", em busca de informações sobre o inimigo e sobre o teatro de operações. Na frente de combate, participa de ações ofensivas e defensivas, usando de suas características básicas: alta mobilidade, elevada potência de fogo, ação de choque e surpresa, proteção blindada e sistema de comunicações amplo e flexível.
A Cavalaria brasileira tem sua origem ligada à organização do Regimento de Dragões Auxiliares, em Pernambuco, ao término da guerra contra os holandeses, remunerada por homens abastados, como João Fernandes Vieira. Mais tarde, na época do governo do Marquês de Pombal, criou-se, no Rio de Janeiro, o Regimento de Dragões, que visava a garantir a autoridade e o cumprimento das leis, ficando ainda em condições de acorrer, em tempo de guerra, onde necessário fosse. No Exército Brasileiro as unidades de cavalaria podem ser blindadas, mecanizadas e de guardas. Alguns quartéis de Cavalaria do Brasil usam a boina preta, tradicional da Cavalaria Mecanizada da Europa.
No sul, durante as lutas em torno da Colônia do Sacramento, Silva Pais organizou o Regimento de Dragões do Rio Grande para guarnecer as fronteiras, em face do fracassado Tratado de Limites de 1750 (Madri). Durante o II Reinado, teve a Cavalaria ativa participando nos conflitos sulinos. Em 1851 e 1852, o 2º Regimento de Cavalaria, com Osorio à frente, integrou as tropas que invadiram o Uruguai, culminando com sua participação na Batalha de Monte Caseros, na qual foi derrotado Juan Manuel Rosas. Na Guerra da Tríplice Aliança, empenhou o Brasil seis divisões de Cavalaria (DC), distinguindo-se, à frente delas, a figura lendária do marechal Osorio, o futuro Marquês do Herval.
Após as reformas de 1908 a 1915 e a influência da Missão Francesa (1921), nossa Cavalaria foi alvo de profundas modificações, que se intensificaram a partir da década de 1960, com o Acordo Militar Brasil-Estados Unidos. Esse acordo possibilitou à Cavalaria brasileira dotar seus regimentos com os mais modernos materiais blindados da América do Sul da época.
Hoje, temos três regimentos de Cavalaria de Guarda (Porto Alegre, Rio de Janeiro e Brasília); brigadas de Cavalaria Mecanizada e Blindada; regimentos de Cavalaria Mecanizado nas divisões de exército e regimentos de carros de combate nas brigadas de Infantaria Blindada. A Força adquiriu novos carros de combate, os blindados M 60 A3 TTS, norte-americano, e o Leopard 1A1, alemão, de procedência belga, dando seguimento à modernização da Cavalaria brasileira. Nos modernos exércitos a Cavalaria utiliza veículos blindados sobre rodas ou lagartas (esteiras metálicas tracionadas por eixos) chamados carros de combate. A diferença desses veículos para aqueles blindados de transporte de tropa da Infantaria é a existência de um canhão (ou peça de fogo similar) e para os obuses blindados da Artilharia é que estes realizam tiros balísticos (de grande angulação em relação à linha do horizonte, sem visada do alvo) ou tensos (também chamados diretos) e os canhões da Cavalaria, geralmente, só podem realizar tiros diretos (com pequenos ângulos em relação ao horizonte e vendo-se o alvo).
Por questões de tradição histórica as unidades continuam a ter cavalos principalmente para desfiles e instrução de equitação para seus membros.
Texto baseado em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cavalaria
http://www.exercito.gov.br/01inst/armas/Cavalari/indice.htm
O Trabalho Interdisciplinar de 2008 da 1ª série do ensino médio do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA), abordará como tema principal o Bicentenário de Osorio. O grupo 1, da turma 102, constituído pelos alunos Samersla, Ana Júlia, Rafaela Ramalho, Rios, Douglas Munhoz e Hanna Rocha apresentará o trabalho na forma de um site constituído por vídeos elaborados pelos integrantes, entrevistas com historiadores, reportagens, fotos e textos que retratam a vida do ilustre herói gaúcho Manoel Luís Osorio.
Orientadores do grupo: Cel Sant'Anna, Prof Suzana e Cel Gauer.
No decorrer do trabalho, apresentaremos um pouco mais da vida de Manoel Luis Osorio, descrevendo detalhes das guerras, obras de sua autoria e as quais ele serviu de inspiração, entre outros assuntos.
A apresentação do TI em 2008, é realizada em forma de blog, onde mostraremos entrevistas, questionários, textos, vídeos, imagens, buscando o máximo de criatividade e dinâmica na elaboração do blog.
Pegue seu cavalo e galopeie nessa história em busca do conhecimento!!!
- Saber trabalhar em grupo;
- Adquirir conhecimento sobre o assunto: Marechal Osorio;
- Utilizar a internet, sendo obrigatório a aprendizagem desse meio tão importante na atualidade;
- Descobrir curiosidades da época que Osorio vivera.