sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Além de passar fome, se sujar, enfrentar dificuldades e agüentar a saudade da família, nossos soldados e o querido Marechal Osorio ainda tinham que se cuidar dos piolhos.
Esse bichinho estava por todo lugar, nas mantas, nos pelegos, nos arreios e nas fardas; já faziam parte da tropa. Mas esse companheiro indesejado, além de causar muita coceira transmitia sérias doenças.
Uma das doenças transmitidas pelo piolho era a Tifo. É uma doença epidêmica causada pela bactéria Ricketisia Prowazekii. Essa bactéria é um pequeno bacilo cocóde, parasita intracelular que é incapaz de se reproduzir fora das suas células hóspedes.
As bactérias se reproduzem no interior das células endoteliais que revestem os vasos sangüíneos, liberando a descendência para o sangue de forma contínua com inflamação dos vasos (eritemas). Surge então a febre alta seguido do eritema em manchas. Antes de se descobrir que a higiene e a limpeza das roupas reduziam as mortes por tifo, a higiene não era grande preocupação para os oficiais.
A bactéria causadora do tifo infecta os piolhos e permanece viva por muitos dias nas fezes e no cadáver do parasita. Ou seja, mesmo que eles matassem o piolho ele continuaria a transmitir a doença.
Apesar de todas as dificuldades encontradas na sua vida de bravura, Osorio nunca deixou de defender a sua pátria e seus ideais. Mesmo cansado, ferido e doente, estava sempre ao lado de seus soldados.
Fonte: Wikipédia.
Postado por Rafaela Ramalho
Na invasão pelo passo da Pátria, Osorio passou nove horas a cavalo sob chuva inclemente. Quando, à noite, quis descalçar as botas, não conseguiu. Suas pernas inchadas obrigaram seu bagageiro a cortar o couro molhado que lhe apertava os membros.
Sobreveio-lhe uma inflamação crônica das pernas que lhe impediu daí em diante, de calçar botas. Eis porque Bernardelli representou-o de calças na bela escultura eqüestre que enfeita a Praça Quinze de Novembro.
A inflamação pode ser um edema, um inchasso ou um tumor. O processo de inflamação é quando nosso organismo combate microorganismos estranhos ao nosso corpo (bactérias, fungos ou protozoários).
A inflamação crônica nas pernas de Osorio pode ter sido causada pelas botas de cavalaria as quais passava a maior parte do tempo. As botas, por serem de couro e com o cano longo, ao molhar, o local ferido ( feridas) ficava úmido, isso possibilitava a reprodução dos microorganismos.
As horas que passava em cima do seu cavalo agravavam a sua situação, pois ficava muito tempo com as pernas paradas, o que dificultava a circulação do sangue provocando o inchaço.
Quando um microorganismo estranho entra em contato com o nosso corpo, seja por meio de ferimentos ou doenças transmitidas, nosso mecanismo de defesa corpo em ação. Os responsáveis pela defesa do organismo contra as infecções e inflamações são os glóbulos brancos.
Alguns glóbulos brancos conseguem fagocitar os microorganismos. Uma vez fagocitado, o invasor é destruído em seu interior. Os nossos ferimentos inflamam porque os glóbulos brancos envolvem o microorganismo não deixando que ele se reproduza. A formação do pus nada mais é do que glóbulos brancos que morreram tentando matar o invasor.
Fonte:
Ciências Entendendo a Natureza, AUTORES: César- Sezar- Bedaque.
Revista do Clube Militar - A casa da Republica, Abril de 2008.
Bio, AUTORA: Sônia Lopes. Volume único.
Postado por Rafaela Ramalho

Enquanto isso, no Mato Grosso, uma expedição de aproximadamente 2.500 homens, organizada em São Paulo, Minas Gerais e Goiás, foi enviada para combater os invasores. A coluna percorreu mais de dois mil quilômetros e, com grande número de baixas, causadas por enchentes e doenças, atingiu Coxim em dezembro de 1865, quando a região já havia sido abandonada. O mesmo aconteceu em Miranda, aonde chegaram em setembro de 1866. Essa mesma expedição decidiu em seguida invadir o território paraguaio, onde atingiu Laguna. Perseguida pelos inimigos, a coluna foi obrigada a recuar, ação que ficou conhecida como a retirada da Laguna.

Brasil X Uruguai – 1851 – contra OribeBrasil X Argentina – 1852 – contra RosasBrasil X Uruguai – 1864 – contra AguirreCAUSAS:* Interesses comerciais na região do Prata.* Questões de fronteira entre Brasil e Uruguai.
Brasil + ou – 5 milhões de habitantes – 38 mil soldadosParaguai + ou – 800 mil habitantes – 60 mil soldadosPretensão de Solano Lopez de formar o Paraguai o maior anexado as regiões de Mato Grosso, as províncias de Corrientes e Entre Rios da Argentina, parte do Rio Grande do Sul e Uruguai, assim, teria uma saída para o mar.
Argentina – General Mietre
1- Novembro de 1864 – aprisionamento do navio Marquês de Olinda.
2- Dezembro de 1864 – invasão do Paraguai ao Mato Grosso.
CONSEQUENCIAS DA GUERRA:
Paraguai - * Totalmente arrasado, 80 % da população masculina morreram na guerra, sobrando velhos, mulheres e crianças. * Destruição de suas indústrias e comércio, o povo passou a viver da lavoura de subsistência. * Perdeu parte de seu território para a Argentina e uma grande dívida de guerra com o Brasil.


Postado por Ana Julia
Uma trajetória incrível de Manoel Luis Osorio na sua carreira militar.
Praticamente uma obrigação para qualquer pessoa que goste de histórias sobre guerras, batalhas com grandes nomes envolvidos, saber quem foi Osorio. Não simplesmente saber quem foi, mas conhecer o grande homem que aquele simples peão se tornou. Figura real de que os sonhos podem se realizar, sem importar o quanto distante está este desejo.
Sua história começa aos 14 anos, quando entra no Exército, já na guerra da independência do Brasil em 1822. Depois de uma grande entrada, continuou em importantes batalhas. Seguiu com a guerra da Cisplatina e em seguida foi promovido a tenente, na guerra do Passo do Rosário. Lutou durante toda a guerra dos Farrapos, que perdurou por mais ou menos 10 anos. Quando chegou no Exército Imperial, lutou na guerra contra Oribe e Rosas, a conhecida Guerra do Paraguai.
Por volta de 1860, já era visto como militar respeitado e experiente que, por isso, recebeu o comando do 1º corpo do Exército Imperial na guerra da Tríplice Aliança, em 1864. Sua última batalha, na qual sua presença foi muito importante, foi a Batalha de Tuiuti. Depois dessa, teve que se afastar dos campos de batalha por seu estado de saúde ter agravado, regressando aos campos de batalha apenas em 1867, já como comandante do 3º corpo do Exército. Com o fim dos conflitos após a guerra de Humaitá, ainda participou de mais duas batalhas, a de Itororó e Avaí, porém teve um grave ferimento, e teve que sair novamente dos campos de batalha, o impossibilitando de participar na queda de Assunção, em 1869, o que seria sua última passada nos campos de guerra. No dia 26 de setembro de 1879 contrai pneumonia. Era 4 de outubro de 1879, seis e dez da tarde, quando Manoel Luis Osorio falece aos 71 anos.
Ao decorrer de sua vida, se casou com Francisca Fagundes, com quem teve 4 filhos, foi agraciado comos títulos de barão do Herval em 1 de maio de 1866, visconde do Herval 11 de abril de 1868 e de marquês do Herval 29 de dezembro de 1869. Foi nomeado senador pela província do Rio Grande do Sul e ministro da Guerra. Em 1877, tornou-se marechal-de-exército.
Contudo podemos ver até hoje homenagens que deixaram para Osorio. Sua passagem no Exército foi tão importante paro o Brasil que na cidade do Rio de Janeiro há uma escola federal, Fundação Osorio, a criação de um parque em torno da casa onde nasceu, Parque histórico Marechal Manoel Luis Osorio, um monumento equestre esguido no centro de Porto Alegre, além de seu nome está escrito no livro de aço em Brasília.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Lu%C3%ADs_Os%C3%B3rio
Postado por Hanna
domingo, 3 de agosto de 2008
Postado por Rafaela Ramalho
Entre as sombras do futuro
Já sinto a dor de perder-te
GLOSA
É por entre o fado escuro
Que a minha paixão se lança...
E vou perdendo a esperança
Entre as sombras do futuro.
Constância, ó Lília, eu te juro:
Mas fora melhor não ver-te,
Quisera não conhecer-te,
Por ti não sentir paixão,
Porque no meu coração
Já sinto a dor de perder-te!
QUADRINHAS
Só vivo quando te vejo,
Dia e noite penso em ti,
Se nasceste para amar-me,
Eu para te amar nasci.
Ausentes dos teus encantos,
Sem teus lindos olhos ver
Tudo me causa desgosto
Nada me causa prazer.
O tempo curar não pode
A chagas que amor abriu;
Separar só pode a morte
Corações que amor uniu.
Pavorosas, negras sombras
Escondem o meu penar;
Em silenciosa dor me oprime,
Meu alívio é suspirar.
Os prazeres mais puros da vida,
Que gozamos com ânsia e fervor,
Degeneram no mal que mais tarde
Nos arroja no abismo da dor.
MOTE
Acordei... Raiava a aurora
Dei mil suspiros por ti.
Despedidas do jovem Tenente Osorio de sua amada Ana, ao ser designado para um destacamento na fronteira na região da campanha:
Contra a vontade te deixo
Porque o fado quer assim,
Vou suportar no desterro
Delírio ardente sem fim!
O lamento ao ficar sabendo dos preparativos para as núpcias de sua amada Ana:
Que vale o meu amor ser delirante
Entre a chama fatal que me devora
Não me conto ditoso uma só hora
O prêmio não te dão de ser constante.
Ao chegar tarde demais para fugir com sua amada. Quando chegou a Rio Pardo ficou sabendo que o casamento já havia sido consumado e registra a sua mágoa:
Já soa o clarim de marte!
Vou deixar-te, minha amada!
Suspirando corro às armas.
Adeus, mulher adorada.
Baixando à campa,
Frio jazigo,
A tua imagem
Irá comigo.
Deixou muitas outras provas de sua veia poética:
Meu destino é imutável
Minha desgraça é constante,
Eu choro todos os dias,
Eu suspiro cada instante.
Acerba dor atormenta
Meu coração delirante,
Já pelo termo da vida
Eu suspiro a cada instante.
Esses risonhos prazeres
De outr’ora feliz amante
De todo me abandonaram
Eu suspiro a cada instante.
quinta-feira, 31 de julho de 2008
Literatura de um Cavalariano
Na época de Osorio, a literatura estava em um período de desenvolvimento e, com isso, houve movimentos culturais da literatura que trouxeram a implantação de "grupos literários" como: o existencialismo, o neo-realismo ou realismo social, barroco, neoclassismo ou arcadismo, romantismo, realismo, parnasianismo, simbolismo, pré-modernismo, modernismo, prosa e poesia.
Marechal Osorio escreveu algumas poesias, porém, antes disso, escreveu pequenos versos dedicando-os para suas amadas. A primeira delas foi Ana, uma donzela de Rio Pardo, que a conheceu quando teve de ficar sediado lá, no 5º Regime de Cavalaria. Osorio, rapaz de novo, começou a fazer versos para Ana e um exemplo desses é:
Só vivo quando te vejo
Dia e noite penso em ti,
Se nasceste para amar-me,
Eu para te amar nasci.
Mas esse amor não durou muito e, logo, por razões nada comuns ele foi transferido. Apesar da distância continuava a mandar seus versos para sua amada Ana, mas nunca era respondido. Então, certa vez, mandou um último que dizia:
Ingrata que me deixaste,
Na tua cruel mudança,
Recordações do passado,
Uma perdida esperança.
Em Bagé esqueceu-se do incidente com Ana e enamorou-se de Francisca: morena, pequena, graciosa, filha do juiz de paz Zeferino Fagundes de Oliveira. Foi com ela que Manoel Luís Osorio se casou no dia 15 de novembro de 1835. Logo em seguida, teve que partir; foi chamado para participar da luta ao lado das forças legalistas. Antes, escreveu uma poesia, em que chamava: "Adeus, mulher adorada", e seguiu para o combate. Existem outros registros literários que Osório deixou. Esses eram as cartas que ele mandava, como a que mandou para Davi Canabarro com o titulo de "Fomos todos surpreendidos pelo Paraguai".
Postado por Rios
Fonte: